terça-feira, 10 de novembro de 2009

E Daft Punk, por que não?


Já que falei no George Duke no post anterior, acabei revirando o baú e hoje vamos ver como só alguns segundos de uma faixa dele foram responsáveis por uma das boas faixas do Daft Punk.

"I love you more" é uma faixa que saiu no álbum Master of the game de 1979 - o mesmo que tem a clássica "I want you for myself".
E foi nos exatos 11 primeiros segundos que Daft Punk foi buscar inspiração pra sua fofa "Digital Love", que saiu no álbum Discovery de 2001 e tem letra do DJ Sneak.


Dizem que a dupla quis mesmo fazer uma homenagem às músicas que ouviam quando eram crianças entre fins dos anos 70 e primeira metade dos 80. Recuperar esse olhar da criança - que não necessariamente analisa, mas sente, que curte a música sem preocupação e, principalmente sem preconceitos. Essa e outras ideias aparecem numa entrevista bacana aqui ó.


É claro que essa não é a única faixa do Daft Punk que é toda baseada em samples - há inclusive uma coletânea interessante que desvenda muitas das origens dos sons da dupla.
Também não é novidade que a música eletrônica sempre fez uso das referências ao soul, ao funk, à disco, ao r&b, mas acontece que esse é um estilo que já tem hoje um passado. E é esse passado que tem sido resgatado, revisitado, reconsiderado atualmente. Seja com a reavaliação de alguns artistas, com a revalorização de alguns estilos, dando a eles mais vigor, ou também a retomada e remake de faixas que fizeram história.

E o Daft Punk fez história - e escola também, já que o Justice nada mais é que um aluninho dos DF no começo da graduação eu diria (e isso tudo sem desmerecê-los, pois eu até que gosto de algumas faixas deles). Não tem como desconsiderarmos o sentido e o impacto de "Around the world" na música pop. Há outras faixas interessantes da dupla, claro, mas hoje eu retirei do baú esta em dois remakes interessantíssimos.

Primeiro, as versões do Señor Coconut com toda aquela pegada latina - ótimo pras festinhas em casa! não tem quem não se anime! Testem e me digam! Se não funcionar, se ninguém se alegrar, fias... daí manda todo mundo pro bueiro pra ouvir um pouco de merda! hahah

Depois, o remake do gatão Christian Prommer, que já vai mais na linha do jazz - aquela finesse toda do selo Sonar Kollektiv que eu adoro! Super recomendado também!

De bônus, fiquem com o remix do Masters at Work que é o único que eu acho interessante pra ouvir hoje!




Beijos

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