quinta-feira, 5 de agosto de 2010

mudando de endereço


Baboooshka está atendendo em outro endereço.
Não sei se temporariamente ou definitivamente.
Estou testando os recursos e facilidades de postagem do Tumblr, que me parece mais adequado ao meu tempo relativamente escasso para escrever os posts longos a que me acostumei aqui no Blogspot...

O baú continua aberto, mas agora bem aqui:




Espero todo mundo por lá


beijos da Baboo :D

quarta-feira, 3 de março de 2010

Seduzindo com Vikter Duplaix


Sou super fã de discos pra se ouvir a dois, naqueles momentos mais íntimos, sabe? Sim, sou daquelas que amam trilha sonora nas preliminares e que visualiza um clipe, interpreta, sensualiza.
Eu estranhei não ter postado nada ainda assim mais sexy. Já postei as safadinhas, mas safadeza não é o mesmo que sensualidade, né, fia? Eu sou escolada e sei distinguir e fazer bom uso das duas e digo a vocês: de nada adianta colocar um bate-cabelo que a sensualidade já passa longe.

Também não recomendo (apesar de amar!) a nossa eterna diva Sade (que, aliás, tá com trabalho novo!). Simplesmente porque já ficou clichê demais! Eu mesma já tenho escutado Sade no caminho do trabalho - quer momento menos sensual? É preciso aprender que a sedução não combina com previsibilidade e lugar-comum.

Mas como o que me cabe hoje é apenas trilha sonora, o que eu ia dizer é que o negócio é a pesquisa musical, fias! Tem que buscar a música certa pro momento certo. Tem que ser a própria sensualidade em forma de música. E, neste caso, se tem um cara que eu acho que consegue isso é Vikter Duplaix.

Quem curte uns sons mais smooth, tipo nu-jazz, soulful house, broken beat, com certeza vai reconhecer esse vocal desse negão que eu acho uma delicinha (rs!).

Como muitos dos meus amados negões com pegada soul, Vikter começou cantando na Igreja. A profissionalização se iniciou com as colaborações e trabalhos com gente como Jazzy Jeff, King Britt, Erykah Badu e Jazzanova. Foi, aliás, com a crew do Jazzanova que ele lançou uma das músicas mais lindas: "That Night" (neste vídeo em remix do Wahoo, os mesmos por trás dessa outra delicia aqui ó!).

Vikter Duplaix também é dj e pôde mostrar esse seu lado muito bem, em 2002, na cultuada série DJ Kicks, do Studio K7! O seu mix pra série traz faixas memoráveis de 4 Hero, Matthew Herbert, Erykah Badu e é super recomendado!

Pra sensualizar nossa semana, eu retirei do baú a coletânea de singles que ele lançou em 2004 e tem o ótimo título Prelude to the Future. Minhas preferidas e recomendadíssimas são "That Night", "Manhood", "Soon" e, claro, "Sensuality".



quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Um dos discos da minha vida


Há dias que lembro de um tempo que se afasta cada vez mais. Eu olho pra frente, olho o novo, o distante, mas não esqueço o passado. E fica martelando na cabeça a frase que vi no fim de um filme: "Porque também somos aquilo que perdemos".

Com essa frase na cabeça, olhei pela janela e imediatamente me transportei pra uma pequena sala. Depois um pequeno quarto. Minúsculo mesmo. Com paredes que pintei de preto pra neutralizar todas as energias do lugar. Agora estou olhando pela janela desse quarto. É um dia bonito, mas a tarde anuncia uma chuva rápida.


Nesse dia, curiosamente, eu não estou esperando ninguém. Justo eu que sempre espero... Nesse dia, problemas e pessoas me absorvem pouco. Só olho pela janela. Acho que é o tempo de uma música só do cd, mas é um tempo que passa devagar. Ou a memória o tornou devagar? É a memória moldando o tempo passado à luz do presente? Colocando uma nova percepção do tempo? Dá pra ver as nuvens se formando. Aproveito essa véspera da chuva. Só olho.

O que eu acho que eu perdi foi essa despreocupação, um certo modo de ver as coisas sem muita afobação, sem muito medo de que não dessem certo. Um pouco dessa falta de seriedade acho que me faria muito bem hoje.
Vontade de me transportar pra esse momento de vez. Era simplesmente sensação: olhar ao longe, minha mão tocando a janela, cheiro de chuva, gosto de café. E o Timeless do Goldie ao fundo:

1) Inner City Life



2) State of Mind



3) You and Me



Gostou? É um dos álbuns da minha vida (e tá na lista dos álbuns pra você ouvir antes de morrer).

beijos da Baboo

:)

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

As safadinhas


Ouvi muito por esses dias uma faixa do álbum mais recente do Lindstrøm que é no melhor clima Moroder e com a sensualidade tão conhecida da disco music. Você já deve estar se apressando a concluir que ela é mais uma filha de "I feel love" da Donna Summer. Eu diria que é mais uma sobrinha... Uma daquelas sobrinhas gostosas e safadinhas, sabe?

Mas, não vou me deter (pelo menos hoje não) só nesse trabalho do Lindstrøm, pois estou ainda ouvindo o disco aos poucos e não tenho uma opinião formada. Por enquanto, só divido com vocês a delicinha que é esta faixa: Lindstrøm & Christabelle, "Let's Practice":


Alguém por favor me explica o que ocorre no 1'46'' para eu simplesmente adorar essa faixa?


Climinha safadinho esse, né? Óbvio que depois de ouvir essa música, fui revirar o baú à cata de coisas nesse clima!
Lembrei logo da faixa de 2003: "Grab my hips" do Sébastien Léger - que é um groove delicioso com um convite bem delicioso também... rs...
Mas voltando um pouco mais no tempo, minhas amiguinhas oldschool devem lembrar de outras faixas, senão tão cool assim, com certeza bem mais safadas! E olha o que eu achei no baú:

Começando com o Maurice Joshua falando seu instrumentinho: Maurice, "I gotta big dick". Aciiiid!


E pra gente lembrar como a acid house já teve seu momento explicit lyrics: Dancer, "Number nine (Bedroom mix)".


Bater o cabelo de vez em quando não faz mal a ninguém, né? Então, vamos lá: Armand van Helden, "Entra mi casa". Prepare seu espanhol para ouvir versinhos mais pesados que o mero "tu necessitas besar mi tetitas tambíen".


De Detroit: Aaron Carl, "Homoerotic". Faixa que eu sempre carregava comigo em um cd-r lá pra 2003, 2004 toda vez que ia dar som nas festinhas dos amigos. Quem lembra da frase "so much better than masturbation"? Ou será que nessa hora já tava todo mundo colocando em prática o que diz a música? rs



Lil' Louis, "French kiss". Terminando com um clássico absoluto! É até clichê citar esta aqui, né. Acho que é faixa obrigatória! Vocês não sabem do que ela é capaz de fazer numa pista! Ou sabem, né? rs


Aproveito que eu citei essa faixa pra fazer um apelo aos djs: peloamordedeus! façam o favor de tocar essa música até o ápice? Nos últimos anos e nas festas de oldschool só tenho ouvido o coito interrompido do Lil Louis... humpf!

Espero que a semana comece bem safadinha pra todos vocês :)

Beijos da Baboo


quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

A casa da House


Muita gente ficou surpresa com a notícia de que a Trax Records vai lançar este ano justamente Azari & III, uma dupla que reverencia a sonoridade dessa gravadora de Chicago, pioneira da house music. A gente sabe que há um tempo o selo andava apagadinho e vinha sendo comandando por uma gravadora canadense. Por isso, lançar a dupla que foi assunto no post anterior não devia ser uma surpresa, visto que o selo já vinha se ocupando de artistas canadenses... mas que essa foi uma boa estratégia para ressurgir das cinzas isso foi.

O melhor é que a Trax vai ressurgir fazendo o que já vinha fazendo nos últimos tempos: relançando os seus clássicos dos 80 e 90, soltando coletâneas do tipo "The best of Trax", misturando faixas recentes e antigas em coletâneas mixadas e quem sabe até chame a atenção pra coisas obscuras (e não tão boas) do seu catálogo.

Bom, mas neste post eu não quero falar das coletâneas fuleirinhas dos últimos anos, nem dizer que a Trax ficou famosa por ter muitos lançamentos em vinis de pouca qualidade, não quero mencionar que ela deixou de pagar direito$ pra vários artistas e nem vou falar também que muitos artistas só conseguiram seu$ dinheiro$ no fim da década de 1990. Não vou falar nada disso - apesar de ser o que dizem por aí...

Eu quero falar é da importância dela!
Tudo bem que ela não foi a única gravadora de Chicago, mas não dá pra não considerar que foi ela que de certa forma se tornou emblema de um gênero que já vinha dando os primeiros passos no lendário clube Warehouse.

Pra quem não sabe (e, sim, eu sou daquelas que acham que ninguém é obrigado a saber de tudo), a Trax Records foi a casa da house. Apelidada por muita gente de "A Motown de uma geração". O que pra mim não soa como exagero. Sem ela, não teríamos por exemplo Frankie Knuckles, Maurice Joshua, Adonis, Larry Heard, Robert Owens, Ron Hardy, Farley "Jackmaster" Funk, Screamin' Rachael, Marshall Jefferson, Phuture e... bem, acho que não dá pra citar todos né. Quem gosta e entende de house music sabe o peso que essa lista tem.

Tenho a sensação de que esse catálogo será mais que revisitado a partir deste ano. Basta olhar o número de faixas que tem saído nos últimos tempos com referências a essa sonoridade da house pioneira.
Então, vamos às músicas! Despretensiosamente eu selecionei sete das faixas que considero os meus clássicos da Trax e divido com vocês!

Começando com uma faixa linda que já esteve por aqui e que representa bem aquela famosa frase "house was about love" do Blaze: Frankie Knuckles ft Jamie Principle "Your Love"


Num clima bem deep, agora o Larry Heard, o cara por trás do Mr. Fingers (que ele lançava também como Fingers Inc.). Quem não conhece o clássico de todos os tempos "Can you feel it"? Tem milhares de versões, mas a originalíssima é esta aqui:


Depois uma voz maravilhosa e sexy quebrando as paredes. Pra mim, ele tem uma das vozes mais clássicas e classudas da house: Robert Owens "Bringing down the walls"



Pra fazer a ponte entre a coisa mais dark e a mais festeira, eu escolho uma faixa que já ouvi ser tachada de medíocre, inexpressiva, pouco interessante; pra mim, no entanto, ela bem merecia atenção (quem sabe um re-edit? fica aí a dica, produtores!): Kevin Irving "Children of the night"



Passando para um clima acid, vamos ao Adonis. Tenho que dizer que amo as produções dele e foi difícil deixar a famosa "No way back" de fora. Escolhi aqui uma que me deixa louca: "Rocking down the house"



Fechando num clima festeiro, com duas faixas que são irmãs e que eu acho que deveriam tocar em todas as festas. Primeiro, a irmã mais nova, de 1988: Curtis McClaine and On The House: Let's get busy



Por fim, a house matadora irmã mais velha, de 1986: Marshall Jefferson: Move your body (House Music Anthem)



Espero que vocês se divirtam!

Beijos de Babooshka - hoje, mais que nunca, "lost in house music" ;-)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Azari & III na Trax Records


E na música, o ano já começou com muitas novidades e promessas de coisas boas.
Hoje vou falar de uma dupla que já alvoroçou em 2009 e que é uma grande aposta pra house: Azari & III.

Tudo começou no lançamento, em julho do ano passado, da coletânea Moments of a Crisis do selo I'm a cliché (fundado por Cosmo Vitelli). A presença de "Hungry for the power" nessa compilação e o lançamento do single "Reckless (with your love)"
pelo elogiado Permanent Vacation já foram dois fatos suficientes pra fazer dos canadenses Alixander III e Dinamo Azari um sucesso nas pistas.

O porquê disso? Junte a retomada do melhor da oldscool house (é house oitentista! reverenciando os pioneiros do estilo) mais letras interessantes e ótimos vocais e a gente tem a promessa de clássico moderno.

Veja o clipe the "Hungry for the power":


Já quer saber quem são as duas bees empolgadas e empolgantes? Os vocalistas são Cedric aka Starving Yet Full (você pode ver como ele é bom ao vivo clicando aqui) e Fritz Helder (que, pasmem, era dançarino da Nelly Furtado! isso você pode conferir aqui e aqui). (Ah! tem um vídeo de uma banda do Fritz em que aparece a Nelly).

O segundo single é o que eu mais gosto. Relembrando a acid house, "Reckless With Your Love" começa no melhor clima Adonis (e me faz pensar também em Robin S!).

Gostou?

Pois o burburinho em torno da dupla aumentou esta semana quando a lendária gravadora Trax Records - berço de clássicos inquestionáveis da house - anunciou que vai lançar o próximo single da dupla.
A Trax foi a casa de ninguém menos que Frankie Knuckles, Mr. Fingers e Robert Owens, Farley "Jackmaster" Funk, Marshall Jefferson, Adonis e muitos outros (isso é assunto pro próximo post, inclusive!).
Com o título prévio de "Indigo", o single integra o projeto "Second Generation: 2010", que pretende lançar outros artistas também, e o lançamento ocorre no dia 30 de março.

Enquanto a gente espera, dá pra curtir aqui um mix que eles fizeram pro blog Keep it Deep.


Beijos de Baboo :D


sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

pensando em mudança


hoje eu quero falar com os meus poucos, mas fiéis, leitores.

um ano novo está aí e a gente sempre começa com mil promessas de mudança em todos os setores da nossa vida: trabalho, família, amigos, amor, sexo, religião, posicionamento político (ainda mais neste ano, né!).

é claro que o blog acabou entrando nessa listinha, apesar de eu ter deixado ele meio abandonado muitas vezes no ano passado... mas ocorre que eu tenho tido muitas ideias nos últimos dias sobre mudar um pouco os meus posts e o perfil do baú pra não me limitar somente a postar mp3. com isso, sei que perco uma boa parcela de visitantes, mas acho que tenho que pensar primeiro naquilo que me motiva, não é? e fazer upload de mil coisas era o que muitas vezes me afastava - não conseguia pensar a existência do blog sem arquivos pra postar. e é isso que eu gostaria de mudar :)

vocês sabem que a minha intenção aqui sempre foi que houvesse troca de informações e de impressões musicais. tudo bem, é só mais um blog com mais algumas impressões - e é por isso mesmo que eu assumi toda essa egolatria desde o início - mas eu gostaria de fazer desse canal um forma de conhecer mais gente e de aprender também com os comentários e indicações de você que está lendo isso!

por isso, não quero me limitar a ter posts somente quando houver mp3. nada contra o download - até porque esse é um dos meus vícios! mas acho que os mp3 são caminhos pra se chegar em alguns artistas. comigo é assim: se eu ouço e gosto e posso comprar, vou atrás e quero ter o lp, cd, k7, mp3 oficial, não importa o formato. o que importa é a música. não vou deixar isso de lado, mas também isso não será a regra daqui pra frente.

por que isso? hoje há muitas formas de falarmos de música (e de outras manifestações também, por que não?) sem necessariamente cairmos na troca de arquivos.

meu ascendente em gêmeos me faz me interessar por tudo e por isso muitas vezes eu quero falar e dividir aquilo que descobri. gostaria de poder usar este espaço pra falar de muitas coisas - novas, velhas, cool, kitsch, brega, sem fronteiras estéticas e de modalidade. simplesmente porque eu sou meio assim: me interesso por tudo que aparece à minha frente e tenho um espírito pesquisador. gosto de vasculhar, descobrir relações entre pessoas, épocas, estilos. e blá blá blá

não vou encher vocês com justificativas porque isso é só um aviso de que o blog vai mudar um pouco o perfil.
espero poder contar com a ilustre visita de vocês :)

ótimo 2010 pra gente!

beijos de Babooshka

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Running up that Hill


Achei que o ano ia acabar e que eu não teria tempo para falar da Kate Bush. Mas deu!
Desde ontem estou com "Running up that hill" na cabeça e corri aqui pra dividir com vocês!

Considero Kate Bush uma das artistas mais talentosas e menos compreendidas (e menos escutadas) da música. Se você só conhece "Wuthering Heights" e a música que mamãe escolheu pra ser meu nomezinho tá na hora de ampliar essa visão, né!

Ela surgiu no fim da década de 1970 e teve a carreira impulsionada por ninguém menos que David Gilmour do Pink Floyd. Seus álbuns passeiam por diferentes sonoridades e Kate deve muito ao rock progressivo e à música mais experimental e vanguardista - por isso mesmo você deve encontrar por aí o termo art rock associado à obra dela.

Não entendeu porquê? Ouça "This Woman's work" de 1989 (também gravada pelo Maxwell) e veja se ela é capaz de te tocar. Ou ainda "Pi" e a linda "Aerial", ambas do álbum homônimo (e duplo! e ótimo!), lançado em 2005 e me diz o que você acha. Repare nesta última. Atente para os barulhos da manhã enquanto ela se pergunta "what kind of language is this?". Os barulhinhos de pássaros... pássaros? hmmm.... se eu disser que é a própria Kate Bush fazendo você acredita?

Você pode pensar que essa é uma Kate bem mais recente e madura, mas a Kate Bush de 20 anos antes já anunciava tudo isso no excelente álbum Hounds of love. Músicas como "Cloudbusting", são pra mim um ótimo exemplo do que ela é capaz de fazer. Mas é de outra faixa que quero falar.

Considero "Running up that hill" uma de suas melhores músicas.
A letra é incrível e toca num tema já explorado por Kate em outros momentos de sua carreira: as diferenças entre gêneros.
Com o subtítulo de "A Deal with God", propõe a troca de experiências entre um homem e uma mulher. A cantora uma vez explicou sua ideia por trás da composição afirmando que se um um homem e uma mulher pudessem estar no lugar um do outro ficariam realmente surpresos - e talvez isso levasse a uma maior compreensão entre ambos.
Segundo a cantora, essa troca só seria possível a partir de um pacto. Um pacto com o... diabo.
"Eu pensei: por que não um pacto com Deus? Isto é, em certo sentido, é tão mais forte a ideia de pedir a Deus para fazer um pacto com você. Você vê... pra mim essa canção ainda é 'A Deal with God', pois esse era o título que queria dar", afirmou Kate.

No vídeo para esse single, Kate também apostou num lance mais artístico e se voltou para a dança contemporânea. O resultado foi uma bela performance que trabalha essencialmente com a sugestão da troca de experiências de que trata a letra:




De 1985 pra cá, essa faixa foi regravada e assimilada por diferentes artistas, de estilos muito diferentes. Uma rápida fuçada na internet e você vai encontrar versões trance, house, emo e sei-lá-mais-o-quê.
De todos os covers feitos dessa canção, considero a versão do Placebo a mais foda. Foi lançada em 2003 como b-side ou bônus, não sei bem. Parece que eles relançaram a faixa lá pra 2007, mas eu confesso que já tinha desistido do Brian Molko nessa época haha!
Em tempo: há uma influência direta (e assumida) de "Running up that hill" na música "Speed of Sound" do Coldplay (eu também já desisti do Chris Martin, mas se você gosta dessa fase da banda, ouve lá e compara!)

Sobre remixes e versões, os únicos dignos de nota pra mim são dois não oficiais.
O do Ashley Beedle na verdade é um edit lançado em 2007. A versão da dupla Datassette você pode conseguir pelo site deles mesmo (aqui ó). O destaque mesmo vai pra versão 12''. A versão original de Hounds of Love é a com o subtítulo entre parêntesis. Vale também ouvir a instrumental. Linda!





Espero que gostem!
Ano que vem tem mais!

beijos da Baboo


terça-feira, 22 de dezembro de 2009

17 faixas no clima freestyle


Ok, ok. não tenho sido uma grande blogueira, não tenho tido uma regularidade aqui. mea culpa.
Mas o tempo tem sido curto pra mim que sempre quero tudo-ao-mesmo-tempo-agora. "Disposição ambígua, signo de gêmeos", pra citar Ana C.


Hoje passei aqui rapidinho só pra deixar umas coisinhas pros poucos mas fiéis frequentadores do meu baú.


Seguindo o clima do post anterior, vamos cair no freestyle.






Taí um gênero que tem tudo a ver com minhas memórias de comecinho da adolescência.
Muitas lembranças das trilhas de novelas e das fitinhas gravadas... E das capas com todos aqueles cabelos desgrenhados. Gente, como eu amava Lisa Lisa e Taylor Dayne! E o Noel? pra onde eu ia eu levava a trilha internacional de Vale Tudo e Que Rei sou Eu?.


Pra alguns, o freestyle tem todo um clima kitsch. Pra mim, dá saudade dos tempos em que ter um 3 em 1 era sinônimo de distinção entre os colegas! hehe! (Tudo bem, nem todo mundo sabe o que é um 3 em 1, nem como as trilhas de novelas eram o must até o começo da década de 90...)
Que estranheza essa época em que tudo é tão rápido! Minha geração pode bem perceber a velocidade das mudanças nos suportes musicais: nós tivemos Lps, fitinhas k7, cds e agora temos o iPod... Sabe que, às vezes, sinto saudades de uma época em que eu tinha que levantar e ir até o aparelho de som, pra ouvir o outro lado do disco... Eita saudosismo! rs

Bem, mas vamos pras músicas, que a memória não interessa a ninguém a não ser aos proustianos aleijados e hipócritas! rs.
Muitas das canções que escolhi pra hoje são clássicos meus, outras são descobertas recentes que divido com vocês!


Pra facilitar, vamos por blocos:


I. Músicas que são o início desse gênero que teve seu auge mais do meio pro fim da década de 80:




Sim, é a Madonna, bees!

II. Daí vem aquela fase que eu nem sei classificar: seria freestyle? electro? 80's hi-nrg? Ai, sei lá, o que importa é dançar! E vamos com as dicas da minha amigue Licky Lindinha pro post de hoje:



III. Agora vem o que eu considero como auge do estilo e o momento dos maiores hits. Todo mundo já deve ter ouvido alguma destas:









Ainda outra dica de Licky Lindinha:

IV. Agora vem o finalzinho - aquele momento em que a sonoridade tomou outros caminhos e foi ficando chatinha. Mas dessa época ainda tem muita coisa legal. Pra hoje eu escolhi duas clássicas:





Se joguem no baú e sejam felizes no melhor freestyle.
Acho que tem bastante coisinha pra que minhas amigues não fiquem abandonadas...
Logo logo eu volto!

beijos de Babooshka

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Sandée e o clássico "Notice me"


Eu me lembro bem: estava dentro de um envelope amarelo. Enfiei a mão no escaninho do meu "apertamento" - Bloco B 305. Olhei e tinha meu nome por fora. Dentro havia um bilhetinho do meu amigo que dizia "mesmo que a gente não se conheça tão bem, acho que você vai gostar muito dessa coletânea". Eram dois cds gravados que eu tinha ganhado dele depois de uma longa conversa sobre house numa lista do yahoo grupos.
A única coisa que eu sabia era que se tratava de um set do Frankie Knuckles. O bilhete também dizia que o cd1 era "mais disco, mais chato" e o cd2 "era mais house, mais bas-fond"(é, tava escrito assim! rs).
Gostei dos dois e só depois de um tempo descobri que se tratava de uma edição da coletânea Choice do selo Azuli e achei as tracklists.
O segundo cd realmente era bem mais houseiro, indo do clima soulful e deep à garage house. Amo! Até hoje adoro essa seleção do Knuckles. E é dela que saiu a faixa de hoje: "Notice me" da Sandée.

. . .


"Mas quem é essa Sandée?" você deve estar se perguntando. Bem, na década de 1980, ela fez parte do grupo Exposé - um dos expoentes do freestyle. Com as outras meninas do grupo ela só lançou dois singles - um deles o clássico "Point of no return" - e logo embarcou em carreira solo. Lançou singles muito interessantes como "You're the one", "Love desire" (que eu acho ótima e é a cara da minha ameeegam Maddyrain) e o clássico "Notice me". Todos eles saíram em versões editadas no único álbum que ela lançou, em 1991, Only time will tell.
Depois do lançamento desse disco, Sandee não chegou a lançar nada mais. A cantora faleceu em dezembro do ano passado, mas sua música ainda vai fazer muita gente bater o cabelo nas pistas.

"Notice me" é um clássicão de 1988, que tem por trás ninguém menos que Clivilles & Cole. É daquelas faixas com aquele grave que deixa as bees loucas numa pista. Principalmente quando entram os gemidinhos, gritinhos e algumas frases em espanhol.

Por isso, pras minhas amigays eu sugiro muitíssimo que baixem o "Notice the house mix". Necessário.
Pras que se aventuram no freestyle, se joguem na "Club version", que é ótima também!
As versões dub & acapella não são nenhum um pouco dub nem acapella e merecem atenção também.
Pra quem tem preguiça, deixei também as versões editadas que saíram no álbum de 1991.

Beijos de Babooshka

quer procurar no fundo do baú?