quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Um dos discos da minha vida


Há dias que lembro de um tempo que se afasta cada vez mais. Eu olho pra frente, olho o novo, o distante, mas não esqueço o passado. E fica martelando na cabeça a frase que vi no fim de um filme: "Porque também somos aquilo que perdemos".

Com essa frase na cabeça, olhei pela janela e imediatamente me transportei pra uma pequena sala. Depois um pequeno quarto. Minúsculo mesmo. Com paredes que pintei de preto pra neutralizar todas as energias do lugar. Agora estou olhando pela janela desse quarto. É um dia bonito, mas a tarde anuncia uma chuva rápida.


Nesse dia, curiosamente, eu não estou esperando ninguém. Justo eu que sempre espero... Nesse dia, problemas e pessoas me absorvem pouco. Só olho pela janela. Acho que é o tempo de uma música só do cd, mas é um tempo que passa devagar. Ou a memória o tornou devagar? É a memória moldando o tempo passado à luz do presente? Colocando uma nova percepção do tempo? Dá pra ver as nuvens se formando. Aproveito essa véspera da chuva. Só olho.

O que eu acho que eu perdi foi essa despreocupação, um certo modo de ver as coisas sem muita afobação, sem muito medo de que não dessem certo. Um pouco dessa falta de seriedade acho que me faria muito bem hoje.
Vontade de me transportar pra esse momento de vez. Era simplesmente sensação: olhar ao longe, minha mão tocando a janela, cheiro de chuva, gosto de café. E o Timeless do Goldie ao fundo:

1) Inner City Life



2) State of Mind



3) You and Me



Gostou? É um dos álbuns da minha vida (e tá na lista dos álbuns pra você ouvir antes de morrer).

beijos da Baboo

:)

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